Os esportes selecionados pelo projeto Mapa dos Esportes, realmente, não são os mais populares nas terras brasileiras. Aonde já se viu torcida para o hóquei sobre grama? Comoção pela vitória na esgrima? Devoção pelo badminton? Sim, é quase impossível ver alguns destes sentimentos, ações e emoções por esportes como esses.
Agora, por que o Brasil chegou a tal situação? Por que somos chamados, apenas, de "o país do futebol" e não o "país dos esportes"?
Falta de informação, cultura, investimento, reconhecimento? O projeto Mapa dos Esportes selecionou 12 modalidades olímpicas, que não são populares no Brasil (veja, no fim da página, os critérios utilizados), e a cidade de São Paulo, maior cidade do país, capital do estado que mais enviou atletas aos Jogos Olímpicos de Londres - 2012 e a segunda a ceder mais atletas aos Jogos, para elucidar alguns pontos falhos nas respostas às questões acima.
Primeiramente, mapeamos os locais na cidade de São Paulo onde é possível a prática destes esportes. Pela plataforma de georreferência do Mapa dos Esportes, o internauta tem informações como: nome da escola, endereço - visualizando pelo mapa ou por escrito-, contato, custo e horário das aulas. Assim, o potencial praticante de alguma dessas modalidades tem solucionado o primeiro dos pontos: a falta de informação.
Por meio da plataforma, consegue identificar qual o local mais próximo da residência ou do trabalho. Por exemplo, quem mora em Cidade Dutra, zona sul da cidade, pode praticar o hóquei sobre grama perto de casa. Ou, quem é de São Miguel, extremo leste, consegue iniciar umas manobras no BMX, no Parque Ecológico do Tietê.
Essa plataforma é só o ponto inicial do projeto, ou melhor, só um dos pontos do projeto. Dela, há um link para uma gama enorme de informações e opiniões. Com uma transição fácil entre um site e outro, chegamos ao conteúdo.
Na segunda parte do projeto, temos a apresentação de todas as modalidades. Cada uma delas conta com a apresentação, história, retrospecto do Brasil e regras dos esportes, deste modo, o internauta entende melhor a cultura e o objetivo de cada um deles, e pode ter uma ideia inicial de qual teria mais chances de gostar.
Contribuindo para esta escolha, colocamos à disposição o perfil do atleta para cada esporte. Vamos, novamente, a um exemplo: aquela criança baixa, que pode não se dar bem em alguns esportes, saberá que, para a ginástica artística, isso é uma qualidade. Com isso, ela pode ter diversos benefícios no desenvolvimento.
Aqui, entramos em outra parte do projeto. Entrevistamos, para a página Entrevistas, da sessão Olhar, o presidente da Sociedade Sul-Americana de Psicologia Esportiva, Prof. Benno Becker Jr., e o pediatra do Hospital Samaritano, Dr. Gerson Matsas, que explicam os benefícios do esporte para crianças e adolescentes, tanto no desenvolvimento psicológico, quanto no físico e mental.
Nossa conversa com especialistas não para por aí. Ainda para a página Entrevistas, onde constam opiniões e ponto de vistas de especialistas, falamos sobre investimento e reconhecimento com três nomes de extrema relevância para o esporte em São Paulo e no país.
Na questão dos investimentos, gestão e política esportiva, entrevistamos o secretário adjunto de esportes e lazer da cidade, Luiz Sales, e o coordenador da gestão de alto rendimento e campeão olímpico de judô, em Barcelona - 1992, Rogério Sampaio, que explicam quais serão os projetos e investimento para a cidade, tanto para o alto rendimento - atletas que disputam campeonatos em alto nível -, quanto para a universalização do esporte .
Ademais, para ouvir o lado dos atletas, conhecemos a história e dificuldades de Fabiana Beltrame, campeã mundial de remo em 2011, e participante das três últimas edições dos Jogos Olímpicos (Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres - 2012).
Os dados e números também expõe uma visão diferenciada do esporte. Para isso, temos a página Por Trás dos Números, também na sessão Olhar, que faz a Linha do Tempo dos Jogos, com foco na participação do Brasil desde a primeira participação até 2020, quando os Jogos serão disputados em Tóqui, no Japão.
Também há o quadro de medalhas dos esportes selecionados e o mapa da cidade natal de cada atleta participante dos últimos Jogos. Todos os infográficos têm uma análise detalhada, para mostrar por onde o Brasil caminhou até agora na maior competição esportiva do mundo.
Para divulgação deste conteúdo, ainda contamos com páginas em redes sociais como o Facebook e o Twitter. Mas, dizer que elas servem só para divulgação, seria diminuir a importância das redes sociais no futuro do projeto.
Por meio delas, em conjunto com a página Contato, do site, tornaremos o mapa colaborativo. Em uma cidade como São Paulo, que tem mais de 11 milhões de habitantes, e um número exorbitante de locais esportivos - novos e velhos -, o internauta pode indicar pontos que ainda estão faltando no nosso mapa e ajudar a melhorar o site e também a vida esportiva de outros internautas.
Futuro
O projeto não pensa em se restringir aos 12 esportes e nem a cidade de São Paulo. A ideia é ampliar, no futuro, a todas as modalidades olímpicas que podem ser praticadads na capital paulista e, também, a mais cidades que tenham população potencial para revelar novos talentos ou, simplesmente, aumentar a prática esportiva, resultando em uma melhora na qualidade de vida do município.
Critérios
As escolhas foram feitas seguindo critérios tanto para a cidade de São Paulo, quanto para os esportes. Para constar no mapa, a modalidade deveria obedecer a três critérios básicos:
Tradição:
Algumas modalidades em que o Brasil não possui resultados expressivos e são pouco conhecidas no país e na cidade de São Paulo. Portanto, é necessário que estas modalidades sejam mostradas ao público para ganharem mais adeptos.
Esportes como o futebol, vôlei, basquete e handebol já possuem uma prática bem difundida entre a população, não que estes esportes não possam melhorar, mas eles não precisam de um incentivo urgente.
Viabilidade:
Como é difícil encontrar incentivo, tanto do poder público quanto da iniciativa privada, para financiar a prática esportiva de cada indivíduo, foram excluídas, por ora, modalidades que tem um custo muito alto.
Por exemplo, para praticar o hipismo é necessário um cavalo e poucas pessoas tem como bancar um animal deste tipo. Assim como acontece com o iatismo, em que é muito complicado arcar com os custos de um barco.
Escassez:
Embora alguns esportes não tenham tradição olímpica no Brasil e não tenham custos exorbitantes para serem praticados, é relativamente fácil encontrar lugares para treinar.
Os esportes de luta são o maior exemplo. Diversas academias e centros especializados espalhados pela cidade têm, no seu programa, modalidades como o tae-kwon-do e luta olímpica.
Cidade: São Paulo
* Capital do Estado que mais cedeu atletas para os Jogos Olímpicos de Londres - 2012
* Segunda cidade que mais cedeu atletas para os Jogos Olímpicos de Londres - 2012
* Cidade com a maior população do Brasil: 11.253.503 habitantes (Censo 2010)
Modalidades (em destaque, as selecionadas pelo projeto)
Nado Sincronizado
Natação
Polo Aquático
Saltos Ornamentais
Atletismo
Badminton
Basquetebol
Boxe
Canoagem (Velocidade e Slalom)
Ciclismo (BMX)
Ciclismo (Mountain Bike) (está no projeto, mas, segundo a federação, não existe prática na cidade)
Ciclismo (Estrada) (está no projeto, mas, segundo a federação, não existe prática na cidade)
Ciclismo (Pista) (está no projeto, mas, segundo a federação, não existe prática na cidade)
Esgrima
Futebol
Ginástica Artística
Ginástica Rítmica
Ginástica Trampolim
Golfe
Handebol
Hipismo
Hóquei sobre grama
Halterofilismo
Luta Olímpica
Judô
Pentatlo Moderno
Remo
Rugby
Taekwondo
Tênis
Tênis de mesa
Tiro Esportivo
Tiro com Arco
Triatlo
Vela
Vôlei de Praia
Vôlei

